quinta-feira, 3 de maio de 2012

Indústrias de Máquinas Agrícolas que investem na Argentina garantem que investimentos no RS continuam


As Indústrias de Máquinas Agricolas da região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, estão anunciando implantação de suas fábricas na Argentina. A AGCO, detentora das marcas Massey Ferguson e Valtra, construirá uma fábrica de tratores na Argentina. O motivo é o fim das licenças automáticas de importação de máquinas agrícolas brasileiras no país, adotada pelo governo daquele país há cerca de dois anos. O anúncio oficial deve ser feito ainda no primeiro semestre. Com previsão de entrar em operação no próximo ano, a fábrica , admite a AGCO, deve afetar a produção das quatro unidades no Estado, principal fornecedor de máquinas do grupo ao país vizinho. O alto custo de produção é um empecilho à ideia de suprir a queda nas exportações com o fortalecimento do mercado interno. No Estado, a Agco tem cerca de 2,7 mil funcionários nas indústrias de Canoas, Santa Rosa e Ibirubá, além da recém adquirida GSI, de Marau. O grupo garante que a nova fábrica não o fará reavaliar a estratégia de negócios no Estado, mas não nega que uma eventual queda na produção gaúcha pode implicar em demissões. Também frisa que o investimento de R$ 65 milhões na unidade de Santa Rosa está mantido. O Rio Grande do Sul tem papel crucial no nosso negócio, pois representa cerca de 60% da produção do grupo na América do Sul, destaca ANDRÉ CARIOBA, vice-presidente sênior da Agco para a América do Sul. A expansão para a Argentina não é exclusividade da Agco. As outras principais fábricas deste setor também estão construindo plantas naquele país. Enquanto a Case IH investe US$ 200 milhões em uma unidade em Cordoba, cuja produção deve iniciar em 2013, a John Deere aplica US$ 130 milhões para construir uma fábrica em Rosario. Juntas, as duas indústrias devem gerar cerca de 1,2 mil empregos diretos. O diretor de assuntos corporativos da John Deere na América Latina, ALFREDO MIGUEL NETO, observa que a planta na Argentina não afetará os negócios no Rio Grande do Sul, pois foi planejado antes das medidas restritivas anunciadas pelo governo argentino. Segundo ele, apesar das recentes demissões em série, não há qualquer possibilidade de fechamento da unidade de Horizontina, uma das quatro fábricas de colheitadeiras da empresa no mundo. As demissões acontecem devido à variação na demanda de pedidos, que oscila muito conforme a época do ano. O Rio Grande do Sul é estratégico para a John Deere no Brasil, garante.

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