segunda-feira, 9 de abril de 2012

Terra afirma que política do governo federal e mudanças na John Deere são indícios de que a empresa esteja indo embora .Direção da John Deere nega.


O Deputado Federal Osmar Terra, PMDB divulgou nota na imprensa, observando que a unidade da John Deere em Horizontina, fábrica de tratores, colheitadeiras e máquinas agrícolas demitiu 40 trabalhadores no dia 3 de abril, agravando o problema social na cidade e região Noroeste do Rio Grande do Sul. O parlamentar disse que no ano passado, outros 300 funcionários foram dispensados, por causa da falta de mercado para seus produtos. A diretoria da empresa justificou que a redução visa ajustar a força de trabalho aos ciclos de produção do mercado. O deputado Osmar Terra lamenta a decisão e afirma que a empresa sofre uma pressão absurda de bloqueio de seus produtos na Argentina, bem como a transferência de suas fábricas do Rio Grande do Sul para o outro lado da fronteira. O governo de Cristina. Kirchner bloqueou por nove meses as exportações da John Deere para Argentina, até que a empresa concordasse em construir uma fabrica de colheitadeiras lá. Isto já acontece com a unidade de no município de Granadero Baigorria (Santa Fe), onde na semana passada houve um encontro de 200 empresários argentinos com o propósito de desenvolver uma rede de fornecedores locais para a produção de sete modelos de tratores e quatro colheitadeiras. Ele afirma que o objetivo é produzir 25 mil tratores por ano. Terra enfatiza ainda que o quadro é agravado pela retenção, durante nove meses, de 600 tratores e colheitadeiras da indústria John Deere, de Horizontina, na aduana argentina. O parlamentar enumera alguns fatos que provam que a John Deere está de saída de Horizontina: 1) a diretoria da empresa, que residia na cidade, mudou-se para Porto Alegre e será transferida para São Paulo; 2) a fábrica de tratores de Horizontina foi fechada e transferida para Montenegro; 3) a fábrica de colheitadeira reduz drasticamente sua produção e deve ser levada, a curto prazo, para a Argentina. Terra critica a política do governo federal “que permite que a Argentina pressione e ganhe uma planta industrial da John Deere”. Observa que a fábrica a ser ampliada está distante cerca de mil quilômetros de Horizontina. O deputado acusa o governo brasileiro de passividade diante das ações do país vizinho e propõe uma mobilização dos setores produtivos e parlamentares gaúchos para exigir providências.
Já a John Deere, esclarece através de nota enviada ao Departamento de Jornalismo da Rádio Vera Cruz de Horizontina, que em setembro de 2011 havia feito o anúncio que estaria investindo na ampliação da sua fábrica de Granadero Baigorria, região metropolitana de Rosário (província argentina de Santa Fé) para iniciar a produção de 7 modelos de tratores e 4 de colheitadeiras, ampliar o centro de armazenagem de peças e componentes e o centro de treinamento de clientes e concessionários. Atualmente, a fábrica produz motores a diesel destinados a máquinas agrícolas, equipamentos de irrigação e geradores elétricos. O anuncio foi feito na época pela presidenta Cristina Fernández de Kirchner pelo presidente mundial da Divisão Agrícola & Turf da John Deere, Mark von Pentz, nas presenças de Aaron Wetzel, vice-presidente de Marketing e Vendas América Latina, Alfredo Miguel Neto, diretor de Assuntos Corporativos América Latina, Antonio Garcia, presidente das Indústrias John Deere Argentina, e Sergio Fernandez, diretor das Indústrias John Deere Argentina.
Com a ampliação das linhas de produção, a fábrica, que hoje possui 520 funcionários em uma área construída de 40 mil m², gerará cerca de 300 novos empregos diretos e 1 mil indiretos.
A Argentina foi o ponto de partida da John Deere na América do Sul, com a inauguração da fábrica em Granadero Baigorria, em 1958. A industrialização da região deu grande contribuição para o avanço da mecanização na agricultura argentina e dos países vizinhos. Uma rede de 49 concessionários com 74 pontos de venda coordena a comercialização dos equipamentos da marca no país, diz a nota.
Com relação ao novo centro administrativo para a América Latina em Indaiatuba, a John Deere explica que houve o anúncio em julho do ano passado, sobre a transferência do Escritório Regional América Latina e do Banco John Deere, de Porto Alegre para Indaiatuba, localizada a 100 km da capital paulista. Segundo a Multinacional, a mudança visa fortalecer a estratégia de negócios da John Deere no Brasil. Segundo Aaron Wetzel, presidente da John Deere Brasil e vice-presidente de Marketing e Vendas América Latina, após uma rigorosa análise de mercado, São Paulo foi escolhido para receber o Escritório Regional pela sua localização geográfica estratégica no continente e infraestrutura logística de estradas e aeroportos, como o aeroporto internacional de Viracopos, localizado ao lado Centro de Distribuição de Peças para América do Sul, em Campinas. Além disso, o novo escritório permitirá maior integração dos profissionais da John Deere ligados aos diferentes negócios da empresa. Wetzel explica que a transferência do Escritório Regional não interfere nas operações em Montenegro e em Horizontina, onde estão instaladas as fábricas de tratores e de colheitadeiras e plantadeiras. Somadas, as duas fábricas empregam hoje cerca de três mil funcionários diretos. “Manteremos nossa política de investimentos para que as duas unidades continuem atingindo seus excelentes níveis de produtividade, oferecendo as mais modernas tecnologias agrícolas aos produtores por meio de uma sólida rede de concessionários, e gerando emprego e oportunidades de desenvolvimento profissional no Estado”, analisa Wetzel. “O Rio Grande do Sul tem grande importância para os negócios da John Deere, não apenas pelas suas fábricas, mas também pelo potencial agrícola e relevância na produção de alimentos no Brasil”, completa.Nesta terça feira dia 10 de abril, as 8 horas, o Deputado Osmar Terra estará concedendo entrevista ao Jornal Vera Cruz Primeira Edição, na Radio Vera Cruz, sobre este assunto.

Um comentário:

  1. Esses alardes são normais do Sr. Osmar Terra o "Terrarista", não é a primeira e última que ouço dele, acho que ele quer apenas aparecer na midia como uma pessoa preocupada com nossa cidade.
    Tao preocupado quanto estava quando a empresa de tratores saiu de Horizontina, quando o governador era Rigotto, do seu partido, e Osmar Terra braço direito do Governador Rigotto, e o que ele fez para a empresa não sair??? Nada, nem mesmo mobilizou politicos principalmente da base de apoio do governo que estão ligados com nossa região para que alguma medida fosse tomadam até estava na solenidade de abertura da empresa em Montenegro. E agora ele aparece ai querendo fazer alarde, gerando instabilidade na comunidade.
    Acho dificil a empresa sair do Brasil, de Horizontina quem sabe um dia, somos um pais com um agronegocio muito mais forte que a Argentina, com uma estabilidade economica bem melhor que os hermanos e nossa economia anda melhor que a de muitos paises de primeiro mundo.
    E com esse barramento das maquinas produzidas em nossa cidade por parte dos argentinos, acho que deveriamos fazer o mesmo como consumidores, dizendo não aos produtos argentinos, não cruzando mais o rio uruguai e fazer compras no pais vizinho, foi com o nosso Real forte que reerguemos a economia de muitas cidadezinhas provincianas argentinas, vamos mostrar pra mascarada da Kristina Kirchner que com nós o mal com o mal se paga. Vamos tomar o exemplo argentino e começar valorizar as empresas nacionais, quem contribui com emprego e impostos em nosso pais, mostrando a potencia que somos na america do sul.

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