quinta-feira, 30 de julho de 2009

RS e SP deverão receber a maior cota brasileira do remédio para gripe A


A Farmanguinhos, unidade de fabricação de medicamentos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), está entregando nesta quinta-feira 150 mil caixas de remédios para tratamento da gripe A (H1N1). Amanhã, serão entregues mais 60 mil. Cada caixa contém 10 cápsulas, que são suficientes para tratar um paciente.

A primeira carga, de 5 mil caixas, será destinada à Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro. O restante será entregue, ainda hoje, a outras secretarias estaduais. Os estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul deverão receber a maior parte das caixas do remédio. O medicamento é produzido com fosfato de osetalmivir, o mesmo princípio ativo do Tamiflu, cuja patente pertence a um laboratório privado francês. A produção foi autorizada por meio de uma licença especial emitida pelo laboratório estrangeiro. Para produzir o remédio, a Farmanguinhos usou parte de uma carga de 9 toneladas de fosfato de osetalmivir que estavam estocadas em sua forma bruta (uma espécie de pó) no Ministério da Saúde desde 2006, quando fora comprada por ocasião da gripe aviária. Segundo o diretor de Farmanguinhos, Hayne Felipe, as 210 mil caixas de medicamentos foram encomendadas pelo Ministério da Saúde há cerca de um mês, para serem distribuídas às secretarias estaduais de Saúde. — A partir do princípio ativo, tivemos uma etapa de desenvolvimento tecnológico. Isso significa que, a partir desse princípio ativo, tivemos de adaptá-lo a uma forma farmacêutica, que no caso é a cápsula, para, então, fazermos em escala industrial a demanda encomendada a Farmanguinhos pelo Ministério da Saúde. Esse remédio é semelhante ao Tamiflu do ponto de vista do princípio ativo e da ação, só não tem o nome de marca Tamiflu — disse. O governo fez o pedido a Farmanguinhos para suprir a demanda pelo medicamento no país, enquanto a carga de 800 mil caixas de Tamiflu comprada do laboratório francês não for entregue. Com as 9 toneladas de fosfato de osetalmivir, será possível produzir 9 milhões de caixas de remédio contra a gripe suína. No entanto, o restante da produção deverá ficar a cargo de laboratórios militares, já que, para produzir as 210 mil caixas, a unidade da Fiocruz teve que interromper a produção de antirretrovirais.

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